De uns tempos pra cá, cheguei à conclusão de que existem três fatores que influenciam diretamente a nossa capacidade de criar novos hábitos e promover mudanças significativas na nossa vida.
Sair do Rio de Janeiro, uma grande capital, e vir morar em Itacaré, uma cidade com menos de 30 mil habitantes no sul da Bahia, envolveu uma mudança considerável no estilo de vida.
Nesse processo, que já vai completar um ano (yes!), eu consegui manter alguns hábitos, criar alguns novos e também deixar o que não fazia mais sentido de lado, sem sofrer.
Os três grandes questionamentos que vou compartilhar com você agora foram os responsáveis por me fazer lidar com a mudança de uma forma até então inédita pra mim: leve.
O quanto você faz o que faz por você?
Quando você toma a decisão de adotar um novo hábito, reflete sobre de onde vem essa escolha? É algo que você realmente quer fazer? Ou você tá buscando agradar alguém? Vale refletir também sobre "prestar contas” (será que você pensou em redes sociais aqui? 👀)
Quando uma outra pessoa nos diz que a gente precisa mudar, a probabilidade disso acontecer é bem baixa.
Isso porque QUERER FAZER alguma coisa é diferente de QUERER SE TORNAR uma pessoa diferente. Eu posso apostar que você já fez algum tipo de dieta em algum momento da sua vida. E ela pode até ter funcionado por um período, mas a verdade é que ninguém quer viver fazendo dieta. O que as pessoas querem é ter um corpo bonito, saudável e que as faça se sentirem bem com elas mesmas.
Percebe como querer fazer alguma coisa nova sem um motivo realmente importante pra você se torna algo vazio?
Pra sair desse vazio, dos hábitos imediatos e insustentáveis, para ações de longo prazo, é importante compreender o quanto aquilo que você deseja se conecta com o seu comportamento, as suas habilidades e a sua forma de ver o mundo.
O que nos leva para o próximo ponto…
O quanto você domina a atividade proposta?
Esse hábito envolve fazer algo que você gosta e sabe como fazer? Ou é uma coisa completamente nova e nunca antes experimentada? Dependendo da resposta, o seu grau de cobrança com você mesma(o) é diferente e isso influencia diretamente no resultado.
Um exemplo clássico de algo que não domino e não gosto de fazer: exercícios de musculação. Pra mim, é uma tortura sem fim, mesmo sabendo da importância. Ao não me sentir competente nesta atividade, minha tendência é sempre procrastinar e deixá-la em segundo plano (que atire a primeira pedra quem nunca adiou algo que considera difícil).
Já a corrida é uma atividade que aprendi a dominar e hoje me considero competente justamente porque tomei gosto por tudo que ela traz de benefícios e aprendizados pra saúde, pro corpo e pra vida. Esse é um hábito que me acompanha e sempre volta pra minha rotina por estar diretamente conectado a coisas que são muito importantes pra mim.
E por falar em rotina…
Quem são as pessoas que te ajudam a se aproximar daquilo que você quer ser e conquistar?
Eu sei que você já ouviu falar que o ambiente importa. Mas talvez você não tenha se atentado para o impacto das suas relações mais próximas nas suas decisões. Estar perto de pessoas que enxergam propósito nas mesmas coisas que você, fortalecer relações com quem está passando por situações ou vive um momento semelhante ao que você está vivendo agora, te ajuda a construir um ambiente favorável para a vida e pros hábitos que você quer ter.
Pensar sobre esses pontos é um processo de autodesenvolvimento contínuo, que venho nutrinindo há algum tempo. Por isso, se essa carta fizer algum sentido pra você, faça as suas reflexões no seu tempo, respeitando seu momento atual e o que é prioridade pra você.
Pra terminar, deixo aqui as perguntas práticas que faço sempre que penso em incluir algo novo na rotina:
Qual é a visão que eu tenho sobre isso?
Como esse hábito, mudança ou novo aprendizado se conecta com os meus valores e com a vida que eu quero ter?
Existe alguém do meu círculo de relações próximas com quem eu possa compartilhar e que possa me apoiar nisso?
Eu vou adorar saber como você lida com hábitos, rotinas e mudanças por aí! :)